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| Padre Fábio de Melo se manifestou pelo Twitter |
“A união civil entre pessoas do
mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir. O
Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles
que propõem, votam e aprovam as leis. Aos líderes religiosos reserva-se o
direito de estabelecerem suas regras e ensiná-las aos seus fiéis. E isto o
Estado também garante. Se sou cristão católico, devo observar o que prescreve a
minha Igreja. Lembrando que o cristianismo é uma Lei inscrita na consciência”,
escreveu o padre.
Na sequência, Melo acrescentou
que Jesus ensinou a separar as coisas de Deus das questões legais, dando uma
direção sobre qual deve ser o posicionamento do cristão nessas circunstâncias.
“As igrejas não podem, por
respeito ao direito de cidadania, privar as pessoas, que não optaram por uma
pertença religiosa, de regularizarem suas necessidades civis. Se duas pessoas
estabeleceram uma parceria, e querem proteger seus direitos, o Estado precisa
dar o suporte legal. São situações que não nos competem. A questão só nos
tocaria se viessem nos pedir o reconhecimento religioso e sacramental da união.
Portanto, vale a regra de Jesus: ‘Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus
o que é de Deus!’ Mc 12, 17. Para encerrar: o cristianismo nunca foi vivo e
convincente como nos primeiros séculos, período em que vivia apartado do
Estado”, destacou.
O posicionamento do padre Fábio
de Melo foi elogiado pelo jornalista e ativista ateu Paulo Lopes: “Melo pode
estar martelando em ferro já moldado porque, afinal, a Constituição deixa claro
que o Estado brasileiro é laico. Mas, na prática, não é bem assim, porque, como
é público e notório, a laicidade é vilipendiada todos os dias por políticos
(principalmente evangélicos) que, em determinados temas, tentam influenciar o
governo a se pautar por princípios religiosos, cristãos, como se aqui fosse uma
teocracia. Daí a importância neste momento das afirmações de Melo a favor de a
religião não se misturar com o poder político”.
A repercussão das afirmações do
padre nas redes sociais o levaram a voltar ao tema e criticar aqueles que deram
interpretações distintas às suas palavras: “Estabelecer a distinção entre
Estado/Igreja é para alguns, heresia. Deturpar o que você escreveu, e lhe
condenar ao inferno, não. Ah gente!”, reclamou. (Fonte Gospel Mais)



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